Cia Teatro Epigenia apresenta Bodocongó de 19 e 20 no teatro Dix Huit Rosado.

Cia Teatro Epigenia apresenta Bodocongó de 19 e 20 no teatro Dix Huit Rosado.

A Cia Teatro Epigenia traz para Mossoró o poema dramático cinematográfico Bodocongó, baseado no conto homônimo de Astier Basílio, com direção e concepção de Gustavo Paso. Patrocinada pelo Ministério da Cultura e Funarte, a companhia fará curta temporada no teatro Dix Huit Rosado nesta quarta e quinta feira.

Sobre a peça

"BODOCONGÓ” conta a história de um cineasta que filma o TEMPO durante 40 anos numa vila com mais de 50 casas, chamada Engenho da Luz, um lugar perdido no mapa. Descoberto pelo cineasta Jeremias Ferreira, Engenho da Luz passa a receber homens e mulheres de toda parte do nordeste. Muitos baianos, cearenses, pernambucanos...Gente de todo canto atraído pelo sonho de ter sua própria casa e ao mesmo tempo participar de “um tal” de longa metragem.

Para ser aceito bastava querer viver ali e respeitar as regras. Deixar o tempo passar sem nenhuma interferência externa. E assim se fez.

O “TEMPO” passa a ser o protagonista do filme de Jeremias e ele vive a filmá-lo. Vai envelhecendo e filmando... Um filme sem fim? Engenho da Luz, agora em ruínas, começa a ruir no seu íntimo, os moradores são noticiados de que as vilas ao lado estão modernizadas. A luz elétrica permitiria que todos possam ter uma vida melhor, e Jeremias Ferreira, sem ceder as modernidades, continua filmando o mesmo local, com as mesmas câmeras, o mesmo elenco, o mesmo cenário...

Envelhecendo. Talvez só acabe quando morto. Ele permanece com sua idéia. A população se pergunta: quem vencerá? Ele ou o tempo?

Concepção

Este projeto traz conceitos muito bem definidos. Não foi feita nenhuma adaptação anterior aos ensaios. A peça foi totalmente concebida na sala de ensaio. Um encontro com o texto em forma de conto totalmente desarmado, livre e com um grande entusiasmo. 

O publico que prestigiar “BODOCONGO” terá a oportunidade de encontrar uma obra criada com objetivos exclusivamente artísticos, sem as amarras de ser popular, engraçado ou com a necessidade de torna sucesso com seus atalhos e formulas que dão certo. Trata-se de um espetáculo que prima pela criação. Não a toa tem cinema, teatro, música, poesia... 
Tudo integrado e misturado numa obra de arte, como o Teatro deve ser encarado. Vale ressaltar que à medida que for apresentada, estará recebendo novos elementos e se constituindo sempre como uma obra em constante transformação. O resultado "final" será um longa metragem que levará o mesmo nome e que misturará teatro, ficção e documentário sobre o processo. O inicio das filmagens se deu exatamente com os filmes que passam durante a peça. Ao seguir em turnê pelo nordeste prosseguiremos com as filmagens. O diretor Gustavo Paso entrará em cena com uma câmera filmando a própria peça como se fosse Jeremias Ferreira, o cineasta da história. A terceira fase será filmada no Rio de Janeiro onde parte da história se passa.

O Diretor e sua paixão pelo nordeste

Após “EM NOME DO JOGO” e “A MORINGA QUEBRADA”, ambos estreados em 2012, o diretor, cenógrafo e dramaturgo, Gustavo Paso, com 23 anos de profissão estreia seu novo espetáculo e volta a se dedicar ao universo nordestino com força total. Temas desta região do pais já que lhe renderam inúmeros trabalhos de sucesso, tais como “ARIANO” em homenagem a Ariano Suassuna: - " c o s t u m o d i z e r q u e somente o nordestino tem o direito de filosofar neste país... Quem olha para o mar durante horas se acalma, quer o ver ficar olhando pra seca. Dirigir um conto poético como “Bodocongó”, a história d o cineasta que filma o tempo, é poder mergulhar no imaginário nordestino mais uma vez, assim com o em “ARIANO” , espetáculo que pesquisei 11 meses antes de concebê-lo . É o fechamento e também abertura para caminhos cada vez mais poéticos. Lembro que no espetáculo fui o primeiro a colocar em cena uma poesia de Ariano Suassuna. Até então, grande parte do Brasil desconhecia o talento de Suassuna para este gênero literário."

Cia Teatro EPIGENIA

Que imaginário o nordestino constrói de si mesmo...? E qual é o imaginário que as pessoas de outras regiões do país têm do Nordeste? O arcaico e o high-tec, o mítico e o midiático, o baião e o mangue beat, os mandacarus e as parabólicas. É por esse caminho de multiplicidades culturais que nasce o mais novo projeto teatral da Cia Teatro Epigenia, fundada na Cidade do Rio de Janeiro, e que está colocando definitivamente um de seus pés na Cidade de João Pessoa, que abrigará uma filial da companhia carioca.

Ficha Técnica:

Concepção e Direção - Gustavo Paso
Baseado em conto homônimo de Astier Basílio
Texto teatral de Gustavo Paso e Bernardo Winitskowski
Direção de produção de LUCIANA FÁVERO

Com:
ANTONIO YSMAELANTONIO PEDRO EIFLER
DAI BOMFIM
MILA BUARQUE
PAULO DAVID GUSMÃO

TEATRO
Figurino - Luciana Fávero
Iluminação - Gustavo PasoTrilha original - Paula Leal
Cenografia - Gustavo Paso e Bernardo Winitskowski
Letras e músicas - Astier Basílio, Gilberto Teixeira e Paula Leal
Preparação Corporal - Eugenio Brodbeck
Assistentes de produção - Thalita Vaz e Ericka Bayerl
Assessoria de Imprensa Nacional - Alessandra Costa

CINEMA
Roteiro e Direção - Gustavo Paso
Som direto - Fabio Caldeira
Edição - Claudio Barros
Direção de fotografia - José Amarílio Jr
Parceria Indica Digital com Paso D’arte

SERVIÇO

Bodocongó - Cia Teatro Epigenia (PB)

Dias 19 e 20 de Junho às 20h nno teatro Dix Huit Rosado

Maiores informações: (84) 3315-5046


Fonte: casa da ribeira.

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