Por : ADRIANA MORAIS


Palco de sonhos e emoções, o teatro pode ser considerado um templo de cultura, entretenimento e educação. Afinal, se a arte cênica, que nasceu em Atenas na Grécia, associado ao culto de Dionísio (deus do vinho e das festividades), é uma representação imaginária da vida, o teatro é o cenário onde essa mágica artística acontece.

Muito além de apresentações teatrais, o espaço físico do teatro é o palco de diversas manifestações artísticas como música, dança, entre outras. Diante dessa magnitude de expressões que abriga, o teatro pode ser visto como um representante cultural de um povo.

Parece contraditório, mas no município, que já almejou ser considerada a capital brasileira da cultura, os teatros disponíveis para apresentações culturais, estão, em sua maioria, mal conservados. A observação foi feita pelo leitor e colaborador Francinaldo Rafael, que sugeriu ao jornal O Mossoroense uma reportagem sobre a manutenção destes equipamentos.

De fato, a qualidade da maioria dos espaços para as apresentações é uma reclamação comum aos artistas locais. "Temos muitas dificuldades para fazer apresentações", atesta a atriz Lenilda Souza.

Em Mossoró, existem o Teatro Municipal Dix-huit Rosado com capacidade de 740 pessoas; o Teatro Lauro Monte Filho, que acomoda 600 pessoas e o Teatro Padre Alfredo Simonetti, com 200 lugares disponíveis. Porém, apenas o primeiro está apto a receber apresentações de grande porte. Na relação, contudo, não está incluído os espaços particulares destinado a apresentações, como o teatro Mater Christi, o Epílogo de Campos, entre outros.

O Teatro Lauro Monte Filho está precisando de reforma para poder receber o público. “Somente os morcegos são públicos fieis do equipamento. O abandono é tão grande que nem os funcionários suportam ficar na sala de apresentações”, ilustra a atriz. Já o Teatro Padre Alfredo Simonetti, também se encontra na mesma situação de abandono, precisando de reparos imediatos.

O Dix-huit Rosado é o mais conservado, no entanto, segundo Lenilda Souza, serve quase que exclusivamente o âmbito particular. "É uma dificuldade para os artistas locais conseguir espaço no Teatro Dix-huit para apresentações ou ensaios", revela.

A gerente de Cultura do município, Clézia Barreto, reconhece que os equipamentos precisam de manutenção. Mas, ela diz que não há o que a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) possa fazer para reverter esse quadro. Ela alega que "apenas o Dix-huit é de responsabilidade do município. O teatro Lauro Monte e o Alfredo Simonetti são de competência do Estado e de entidade privada, respectivamente. Então, não há como a prefeitura interferir na manutenção destes equipamentos", declara a gerente.

Matéria sugerida pelo leitor
Francinaldo Rafael
Fonte: Jornal O Mossoroense

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