O pessoal do Tarará
O Pessoal do Tarará chega em São Paulo para apresentações
O Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará (Mossoró-RN) chega a São Paulo nesta quinta-feira para apresentações e intercâmbios, finalizando o Circuito de Intercâmbios que o grupo vem desenvolvendo desde o início do mês. Além de assistir a uma série de espetáculos na capital paulista, o grupo apresentará seus espetáculos Aurora Boreal e Sem Palavras nesta sexta-feira, às 19h, no Centro Cultural Santa Cecília (Curso de Teatro Fátima do Valle) e na SP Escola de Teatro, às 13h do sábado.
Durante este mês de maio, o grupo já passou por Fortaleza (Ceará), Natal (RN) e Rio de Janeiro (RJ), fazendo apresentações, participando de conversas, debates, intercâmbios com grupos e artistas. “Estou muito orgulhoso de ver O Pessoal do Tarará com um trabalho tão bonito”, afirmou o ator mossoroense Antônio Ismael, radicado há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. “O Pessoal do Tarará surpreende o tempo inteiro e é formado por atores que não têm preguiça. Dá pra ver que trabalham muito. Eu já fiquei impressionado desde que vi O Pulo do Gato, em 2010. E agora estão melhores, com um trabalho tão bem detalhado”, explica o diretor do grupo Tá na Rua, Amir Haddad.
Já em Fortaleza, O Pessoal do Tarará participou de intercâmbio com a Companhia Palmas, dirigida por Francinice Campos. Em Natal, os encontros aconteceram nas sedes dos grupos ‘Coletivo Artístico Atores à Deriva’ e ‘Facetas, Mutretas e Outras histórias’, mas com a presença de diversos artistas de outros grupos. No Rio de Janeiro, o grupo fez intercâmbio com o grupo Tá na Rua, de um dos grandes mestres do teatro brasileiro, Amir Haddad, e com a artista Claudiana Cotrin.
Agora em São Paulo, o grupo tem a possibilidade de realizar duas ações importantes (apresentações dos dois espetáculos seguidos de bate-papo) no Curso de Teatro de Fátima do Valle, através do ator mossoroense JB Oliveira, que reside em São Paulo há alguns anos, e que teve a sua formação artística iniciada na Companhia Escarcéu (Mossoró); e na SP Escola de Teatro, através do jornalista, pesquisador e crítico de teatro Kill Abreu. “Estamos felizes com o momento, com a experiência, com muita gente boa apreciando os nossos trabalhos. E vamos continuar trabalhando muito, pois é isso que sabemos e queremos fazer”, afirma o diretor Dionízio do Apodi.
AGENDA – No início de junho o grupo chega em Mossoró e passará o mês trabalhando os espetáculos, se reorganizando. “Não temos como participar de uma viagem tão intensa, cheia de apresentações, de espetáculos para assistir, e sair o mesmo. Esta viagem funciona como uma reciclagem, e estamos com muitas possibilidades na cabeça, que queremos experimentar em uma sala de trabalho”, explica o ator Maxson Ariton.
Em julho, o grupo retoma suas viagens, e já fechou um retorno a Fortaleza (Ceará) onde passará uma semana apresentando espetáculos e ministrando oficina. “Este é o nosso ritmo normal de vida. Sempre foi esse. Viajar muito com os espetáculos, com uma agenda intensa. Gostamos disso, e acreditamos que o nosso trabalho ganha mais qualidade, ao se deparar com públicos diversos”, acrescenta o ator Antônio Marcos.
ESPETÁCULO AURORA BOREAL - Espetáculo onde O Pessoal do Tarará investe em uma dramaturgia própria, mas que é fortemente influenciada pela sua própria pesquisa, realizada ao longo de seus quase 10 anos de existência. A encenação, durante o processo de montagem, passeou por várias linhas de interpretação, passando também pela utilização de instrumentos musicais, trilha sonora, composição de cenários, teatro físico, até chegar ao desnudamento, onde o ator Dionízio do Apodi descobre que para levar este texto ao público, basta uma cadeira e a sua verdade.
ESPETÁCULO SEM PALAVRAS - Espetáculo onde O Pessoal do Tarará dá prosseguimento ao seu projeto de pesquisa, em cima de uma dramaturgia do corpo, onde abre mão da linguagem verbal, sendo, para o grupo, a conclusão de uma pesquisa anterior, iniciada no espetáculo O Pulo do Gato (2009). Neste espetáculo o grupo ‘abusa’ de seu dedicado e delicado trabalho de ator, já que tudo o que chega ao público, é produzido pelo próprio artista.
Fonte: O pessoal do Tarará
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