O
projeto Seis e Meia chegou ao fundo do poço, e tudo indica que em 2012 a
mais longeva das iniciativas musicais do Estado ficará por lá. Criado
em 1994, o Seis e Meia enfrenta a maior crise financeira de sua história
e nem mesmo a intenção de ser administrado por empresa terceirizada
resolveu a situação: das oito edições previstas no edital lançado pelo
Governo do RN ano passado, apenas três foram realizadas e uma delas
acumula débitos - e não há previsão, segundo a Fundação José Augusto,
para quitar as pendências com o poeta e compositor paraibano Bráulio
Tavares e a banda potiguar Talma&Gadelha, atrações que ilustraram o
evento em novembro de 2011. Vale ressaltar que cada edição significa
dois eventos (em Natal e Mossoró) e quatro shows.
DivulgaçãoBanda Talma&Gadelha aguarda cachê de show realizado ano passado
Ivanira
Machado, diretora da FJA, admitiu que não há previsão para retomar o
Seis e Meia este ano, não soube informar se as cinco edições restantes
serão de fato realizadas e preferiu não dar prazo para regularizar a
situação do último evento: "O edital está garantido no orçamento, mas o
pagamento está condicionado a disponibilidade financeira." Ela frisa que
não pode afirmar se o projeto será ou não continuado.
Para Anderson Foca, produtor da banda Talma&Gadelha, "se a realização do Seis e Meia estava amparada por um edital público lançado pelo Estado, acredito que havia previsão orçamentária e se o evento foi realizado então tem que haver repasse. Então não consigo entender o motivo do atraso", indigna-se. De acordo com Foca, "garantiram" pagamento no dia do show.
O produtor lembra que cansou de ligar para saber quando receberia o cachê de R$ 2,5 mil acertado com a empresa promotora. "Eu, inclusive, com minha produtora, cogitei participar da concorrência pública para assumir o projeto, mas era tanta exigência, tanta restrição que desisti."
William Collier, responsável pelo Seis e Meia desde o final dos anos 1990 e contratado pela RS Promoções e Eventos, empresa que ganhou a licitação, para tocar o projeto, reconhece o atraso no pagamento dos cachês, mas informa que não há o que fazer se a Fundação José Augusto não repassa recursos. Collier faz as contas e considera os R$ 300 mil para os 16 shows um valor bem inferior ao ideal.
"O acordo previsto no edital era que, a cada edição, o Governo repassaria os recursos. Na ponta do lápis, temos R$ 18 mil para viabilizar cada show: impostos, som e luz, Ecad, hospedagem, transporte terrestre, divulgação e cachês. Mantendo os R$ 2,5 mil pagos ao artista local, o cachê oferecido à atração local era de R$ 6 mil", disse. O valor é baixo e está congelado há alguns anos.
"Deixou de ser interessante para os artistas, e antes eu conseguia fazer por que a atração ganhava por quatro shows (além de Natal e Mossoró, o Seis e Meia também passava por Campina Grande e João Pessoa). Com o cancelamento na Paraíba, a situação complicou." Para Collier, um valor razoável seria oferecer de R$ 15 mil a R$ 18 mil ao artista nacional. "Diante desse quadro, não vejo como o Seis e Meia voltar à ativa", lamenta. O produtor planeja lançar um livro contando a história do projeto.
Para Anderson Foca, produtor da banda Talma&Gadelha, "se a realização do Seis e Meia estava amparada por um edital público lançado pelo Estado, acredito que havia previsão orçamentária e se o evento foi realizado então tem que haver repasse. Então não consigo entender o motivo do atraso", indigna-se. De acordo com Foca, "garantiram" pagamento no dia do show.
O produtor lembra que cansou de ligar para saber quando receberia o cachê de R$ 2,5 mil acertado com a empresa promotora. "Eu, inclusive, com minha produtora, cogitei participar da concorrência pública para assumir o projeto, mas era tanta exigência, tanta restrição que desisti."
William Collier, responsável pelo Seis e Meia desde o final dos anos 1990 e contratado pela RS Promoções e Eventos, empresa que ganhou a licitação, para tocar o projeto, reconhece o atraso no pagamento dos cachês, mas informa que não há o que fazer se a Fundação José Augusto não repassa recursos. Collier faz as contas e considera os R$ 300 mil para os 16 shows um valor bem inferior ao ideal.
"O acordo previsto no edital era que, a cada edição, o Governo repassaria os recursos. Na ponta do lápis, temos R$ 18 mil para viabilizar cada show: impostos, som e luz, Ecad, hospedagem, transporte terrestre, divulgação e cachês. Mantendo os R$ 2,5 mil pagos ao artista local, o cachê oferecido à atração local era de R$ 6 mil", disse. O valor é baixo e está congelado há alguns anos.
"Deixou de ser interessante para os artistas, e antes eu conseguia fazer por que a atração ganhava por quatro shows (além de Natal e Mossoró, o Seis e Meia também passava por Campina Grande e João Pessoa). Com o cancelamento na Paraíba, a situação complicou." Para Collier, um valor razoável seria oferecer de R$ 15 mil a R$ 18 mil ao artista nacional. "Diante desse quadro, não vejo como o Seis e Meia voltar à ativa", lamenta. O produtor planeja lançar um livro contando a história do projeto.
Yuno Silva - repórter / tribuna do norte.
Comentários
Postar um comentário