Pensando Bem! O ator e a fé.



O ator e a fé 

Dos fundamentos da criação da essência humana se fazem antes de tudo pela fé, a causadora de toda essência da crença humana, precisamos ter fé pra crer. Cremos nas crenças, cremos em nós, antes de tudo, Na capacidade de sermos e de termos algum significado que objetive essa fé, cremos na capacidade do pensamento, cremos na virtude da alma, cremos na humanidade, a fé, é a nossa força motivadora que nos faz levantar e viver o dia-dia, de que adiantaria a nossa vida sem essa fé, viveríamos numa vegetação, sem desejo, sem esperança, sem crença, sem a possibilidade da nossa própria crença, a crença em nós mesmo. O teatro, o artista, se faz dessa essência, a fé. Com a força dessa fé e da comunicação entre os povos, podemos modificar essa sentença mundana que vivemos. Precisamos crer no improvável, precisamos crer no impossível, fazemos uso de uma arte imaginária que penetra não só nos corações dos homens, mas também na alma humana, que por muitas vezes esta desiludida com a realidade, somos a diferença, somos a pequena chama da motivação do outro. O imaginário se faz real através das nossas ações, a realidade se transforma na mais pura e límpida expressão do imaginário, antes de tudo, precisamos crer, precisamos ser essa fé, o ator sem fé é um simples objeto de arte, jamais poderá suprimir o desejo do imaginário acabará se transformando num ator neutro, sem convicção, robótico, sem a sua própria essência de arte. Romper com a obscuridade da vida através de uma ação é acreditar na fé, acreditar que sonhos são possíveis, que viver de arte é real, desistir dessa crença, é aceitar a nossa sentença de morte. Em relação ao publico, se o ator não acredita no que faz, ele já esta morto cenicamente para si e para os outros, pois vivemos uma reciprocidade no palco que atravessa a quarta parede e desencadeia na plateia toda a reação que vivemos no palco, acreditar, sonhar são verbos que conjugamos com frequência dia pós dia sem olhar pra trás. Os desafios vencidos se tornaram lembranças de um aprendizado, por isso a arte teatral é efêmera, passageira como relâmpago que corta o céu num dia de chuva. Infelizmente perdemos a nossa fé no decorrer do caminho, muitas vezes arduo, ilusões, falsas promessas, ou, por falsos convites recheados de má intensão nos leva a desacreditar na fé, contudo precisamos nos permiti ao outro, compartilhar as dores universais, e esquecer as nossas dores cotidianas, toda a nossa força precisa de um pilar de sustentação, que a nossa arte, essa arte viva transformadora, uma arte que não é estética que se modifica a cada encenação, como a vida, que se transforma a cada mudança, a cada acontecimento, aprendemos a conviver com o erro, degusta-lo todas as vezes que se fizer presente, seja no palco ou na vida, precisamos do erro, pois só assim, teremos a certeza que o verdadeiro caminho para o êxito é avaliação e a observação dos nossos erros. Não der a minima a critica negativa, desde que essa critica não seja a unanime, e se assim for, ta na hora de se reavaliar e mudar, deixar o ego de lado e trabalhar numa nova perspectiva, aceitando as criticas e as transformando num trampolim para a vitória, desistir, jamais, seria desacreditar na sua fé , na sua capacidade de tentar, de errar, de acertar, e principalmente de viver, pois nós atores temos a excelência de trabalhar com a experimentação das emoções. Acredite, tenha fé e jamais desista.



Américo Oliveira
Ator e Encenador.

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